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- corredorachic
- 3 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de jun. de 2020
Em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, a Gripe Espanhola devastou o mundo infectando mais de 500 milhões de pessoas e matando entre 20 a 50 milhões (alguns estudiosos dizem que as mortes chegaram a 100 milhões em todo o mundo!). Relatos da época descrevem uma dura batalha pela sobrevivência e os que não foram acometidos pela doença tiveram sequelas tanto físicas quanto mentais. Lá se vai mais de um século, muitos sofreram, nossos tataravós, e aqui estamos nós vivendo outra pandemia e dessa vez mais evoluídos, e na velocidade que chegam as informações, chega também a contaminação.
Claro, naquela época as notícias geradas chegavam por telegramas e os meios de locomoção não eram tão modernos, sendo o navio a vapor o mais usado. Pois bem, situações parecidas onde o medo e o desespero batem a nossa porta, pelo lado de dentro da fechadura observa-se o medo e a proteção com as armas que temos. Ocupar o tempo com leitura, filmes, família e demais atividades reduz a ansiedade e faz com que o tempo passe mais rápido e gera a sensação de sermos úteis e que tudo isso passará.
Nos noticiários, junto com gráficos que insistem em apontar para o céu, numa curva crescente incansável, especialistas apontam que a saúde física deverá ser preservada e cuidada, providencias são tomadas e uma enxurrada de opções aparecem para manter o corpo em movimento, imunidade estável, endorfina trazendo sensação de bem estar e assim um controle caseiro parece “aliviar” algumas dores.
As sequelas físicas vão ser controladas ou podem em questão de tempo serem revertidas, mas como ficará a mente em tempos tão difíceis? Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca que: “O isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego.”Pois é, a saúde mental do pós pandemia deverá ser tratada como prioridade, os rastros de destruição serão enormes, não nascemos para ter medo de um inimigo que nem cara tem, o turbilhão de sensações geradas pelo fato de ficar em casa (processo vital nesse momento) deixará "pessoas mortas-vivas" num futuro próximo.
A mente precisa de treino, de nada adiantará sua imunidade alta se seus pensamentos estão sendo afetados pelo medo do amanhã, pela incerteza do futuro. Defendo os exercícios físicos em casa, acredito nos hormônios e na força do corpo para seguir em frente, mas rogo para que haja clareza, serenidade, paz e um avistar de dias melhores por cada um de nós para que sejamos sãos por inteiro. Ao nosso país, rogo que políticas de tratamento para saúde mental já comecem a ser preparadas de forma preventiva, prestando auxílio aos sobreviventes dessa guerra, muito semelhante a Gripe de 1918, porém num cenário de mais acesso a informações e a solidariedade.
Mantenha-se em casa, siga firme na batalha, só não tranque em sua mente idéias de que tudo se perdeu, cultivar bons pensamentos de esperança pode ser a musculação para fortalecer a sua fé.
Marcelo Avelar
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